Seminário Internacional “O Poder do Brincar na Construção do Pensamento Matemático”

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  Di Chilvers, Advisory consultant in early childhood education, author, researcher and Early Education Associate

  Bio

  Di Chilvers is an advisory consultant in early childhood education having worked in the early year’s sector for a long time! Di has had a diverse career having initially trained as a nursery nurse (NNEB), then a teacher and worked in schools for over 20 years. She moved into training in FE and HE, including setting up and leading the BA Hons in Early Childhood Studies, QTS courses, Early Years Professional Status (EYT) and working on the NPQICL and MA programmes at Sheffield Hallam Univerity. Di’s further adventures include several visits to Reggio Emilia; Denmark; Ghana (working with teachers in a school with 900 children); Oman (working with young students at the University of Nizwa focusing on children’s needs, rights and entitlement); New Zealand to fulfil a longstanding dream of visiting early years centres (fantastic); and India. These experiences have all influenced her work and ripple through her training and support. Di works collaboratively with settings, schools and LAs across the country to support the development of good practice in the early years. Professional Development Initiatives include Talk for Reading; Talk for Maths Mastery; Sustained Shared Thinking; Assessment for Learning and Leading learning -An observational approach. Her work is grounded in good observation of children, knowledge of children’s development, language development and children’s conversational talk and how this connects to their thinking. She takes a reflective approach to training, building confidence and self-belief to develop practitioners/teachers thinking and practice. Di has written various books and chapters – with her Talk for Maths Mastery Book being recently published.

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  Maria Figueiredo, Instituto Politécnico de Viseu

  Resumo

  A implementação das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar baseia-se no conhecimento de conteúdo e pedagógico do/a educador/a de infância para organizar um ambiente educativo que promova um brincar rico e diversificado. Na prática, esta organização do espaço e dos materiais atua como um catalisador da agência e da participação das crianças, concretizadas no brincar.
  A comunicação demonstra como um conhecimento matemático profundo por parte do/a educador/a é essencial para decisões que permitem às crianças explorar a Matemática com significado e autonomia. Analisamos exemplos concretos que ilustram o impacto deste conhecimento na promoção do pensamento matemático.

  Bio

  Maria Pacheco Figueiredo é professora adjunta na Escola Superior de Educação de Viseu, na área da Educação, e investigadora do CI&DEI, Centro de Estudos em Educação e Inovação. No Instituto Politécnico de Viseu, é ainda Pró-Presidente para a Universidade Europeia EUNICE, sendo também uma das Diretoras da EUNICE AISBL. Desempenha funções de Vice-Presidente da Direção da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação.
  Na sua investigação, articula pedagogia e direitos das crianças, com educação ambiental, património, natureza, robôs e pensamento algorítmico. Nos projetos e estudos desenvolvidos, assume a participação como conceito central. Orienta, e investiga sobre, investigação pelos/as práticos/as, na prática e para a prática.

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  Rui Ramalho, ESE de Paula Frassinetti, Porto

  Resumo

  O pensamento matemático começa a desenvolver-se desde a primeira infância, muito antes do ensino formal dos números e das operações. As experiências vividas pelas crianças no contexto da educação infantil — como brincar, explorar, comparar, organizar e resolver pequenos desafios — são fundamentais para a construção das bases do raciocínio lógico-matemático. Nesse processo, a formação das educadoras de infância assume um papel central.

  A comunicação mostra que a formação inicial e contínua das educadoras influencia diretamente a forma como as situações matemáticas são integradas no quotidiano da sala. Educadoras bem preparadas reconhecem que a Matemática está presente nas rotinas diárias, nas brincadeiras, nas histórias e nas interações, e sabem transformar esses momentos em oportunidades significativas de aprendizagem. Em vez de atividades repetitivas ou descontextualizadas, promovem experiências que estimulam a curiosidade, a exploração e o pensamento crítico das crianças.

  Bio

  Rui João Teles da Silva Ramalho é professor Adjunto da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti no departamento de formação de professores, onde coordena o centro de educação a Distância. Professor Adjunto convidado da ESE – Instituto Politécnico do Porto e Investigador no CIDTFF (Centro de investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores) da Universidade de Aveiro. Participa em vários projetos de investigação e é autor de publicações na área de formação de professores, com ênfase na Tecnologia Educativa e Didática da Matemática.

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  Marina Rodrigues, ESECS Leiria

  Resumo

  Assumindo que o brincar deve ser a principal atividade da criança, apresentam-se , de modo fundamentado,  evidências do desenvolvimento do pensamento matemático, a partir do brincar, desde a primeira infância,  privilegiando o olhar sobre o brincar no espaço exterior , nomeadamente, nos espaços naturais.

  Bio

  Marina Rodrigues é professora coordenadora na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria e investigadora do CI&DEI, Centro de Estudos em Educação e Inovação. A sua área de investigação insere-se no domínio da formação de professores e da didática da matemática nos primeiros anos. Na ESECS leciona unidades curriculares no âmbito da Prática de Ensino Supervisiona e da Didática da Matemática no 1º CEB e na Educação de Infância.

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  Graciosa Veloso, ESE Lisboa

  Resumo

  A apresentação incidirá na defesa da valorização educativa da utilização de histórias no âmbito da Literatura para a Infância, como contexto mais natural para o desenvolvimento de ideias matemáticas. Utilizarei uma seleção de histórias para ilustrar diversos aspetos do pensamento matemático, contemplados nas orientações curriculares para os jardins de infância, numa perspetiva de integração curricular.

  Bio

  Docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa, no Departamento de Matemática. Sócia da Associação de Professores de Matemática (APM). Colaboração regular na revista Educação & Matemática da APM, com artigos orientados para a Formação Inicial e Contínua de Professores dos Anos Iniciais. Título de Especialista em Formação de Educadores de Infância e de Professores do Ensino Básico, Matemática.. Mestrado em Metodologia do Ensino das Ciências, variante da Matemática.. Licenciatura em Matemática Aplicada. Formanda num curso de Literatura e Filosofia no Espaço Llansol

• Fátima Pacheco, AE de Portela e Moscavide - EB Quinta da Alegria

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  Isabel Duque, CASPAE - IPSS de Coimbra

  Resumo

  Esta comunicação parte da Educação na Natureza como um contexto pedagógico com grande potencial para o desenvolvimento integral da criança, centrando‑se no brincar livre em espaços exteriores como ambiente privilegiado para a aquisição e consolidação de competências matemáticas. A variabilidade dos ambientes exteriores amplia as experiências sensoriais e oferece oportunidades autênticas para explorar conceitos fundamentais da Matemática: número e contagem, medida, espaço e forma, padrões e relações e resolução de problemas. A partir da experiência em contextos de educação na natureza, interroga‑se como esta abordagem favorece o pensamento matemático através da interação espontânea e significativa com elementos naturais. Serão partilhados e analisados exemplos concretos de atividades que, embora surgidas do brincar livre, geram naturalmente oportunidades de aprendizagem. Reflete‑se sobre a importância de um olhar atento e intencional do educador, que reconheça o brincar como um processo contínuo de reflexão e investigação da criança. O papel do adulto é entendido como o de criar oportunidades, apoiar a exploração gerada pela criança e como devolver-lhe o poder de decisão sobre o seu brincar e a sua aprendizagem. A comunicação convida à reflexão sobre como o currículo pode emergir da ação da criança com a Natureza, destacando a importância de integrar as áreas do saber, nomeadamente a Matemática, num processo de construção de conhecimento com sentido e significado para a criança.

  Bio

  Isabel Duque é Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, com especialização em Pedagogia Outdoor pela University College Syddanmark (Dinamarca) e pela Escola Superior de Educação de Coimbra. É igualmente pós-graduada em Docência do Ensino Superior pelo Instituto Piaget de Almada. Desenvolve educação na natureza em Portugal desde 2015. As suas áreas de interesse e investigação centram-se na educação na Natureza, no seu impacto no desenvolvimento infantil e no desenvolvimento profissional de educadores e professores. É coautora da metodologia experimental Pr(g)Natura, que articula natureza, tecnologia e currículo do 1.º Ciclo do Ensino Básico para o desenvolvimento da flexibilidade curricular, e coautora dos referenciais pedagógicos GLOW (educação outdoor) e INNO Kids (educação para a sustentabilidade ambiental). É também coautora do livro Literacia Estatística na Educação Pré-Escolar: A criança como investigadora, bem como de vários artigos e capítulos de livros. Docente convidada no ISEC Lisboa, leciona a unidade curricular Pedagogia dos Espaços na Pós-Graduação em Educação Outdoor. No CASPAE, é professora e formadora, coordenadora pedagógica e formadora no Centro de Formação NEXT, e formadora no programa de formação acreditada Prosseguir+ (nacional e internacional), centrado na educação na natureza e flexibilidade curricular. Foi educadora no Projeto Limites Invisíveis na sua fundação. Coordenou os projetos Bairros ConVida (Programa Bairros Saudáveis), GLOW (Erasmus+) e INNO Kids (Erasmus+), e atualmente coordena o projeto Start In (Programa Afirma-te Já), de formação de jovens NEET, e o GLOW PT, focado na educação outdoor em contextos de educação não formal. Integra ainda a equipa de coordenação do projeto de Acreditação Erasmus+ para Educação de Adultos, sendo responsável pelo desenvolvimento de competências verdes, e desde 2019 coordena o Gabinete de Comunicação da Instituição.

• Conceição Cerqueira, AE Monserrate

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  João Marôco, Intrepid Lab & CETRAD, Escola de Ciências Económicas e das Organizações - Universidade Lusófona

  Resumo

  A evidência acumulada ao longo das últimas três décadas em estudos internacionais de larga escala — PIRLS, TIMSS e PISA — demonstra de forma inequívoca que a educação pré-escolar (ECEC) constitui um dos investimentos educativos com maior retorno mensurável em Portugal e no resto do mundo. Utilizando dados representativos de dezenas de sistemas educativos, esta conferência aborda o impacto da frequência e duração da ECEC nos resultados de literacia aos 9–10 anos e aos 15 anos, incorporando modelação multinível, regressões com valores plausíveis e controlos robustos para o estatuto socioeconómico e cultural das famílias. Os resultados revelam ganhos consistentes equivalentes a 1,5 a 3 anos de escolaridade em múltiplos países, bem como uma forte variabilidade internacional que reflete diferenças de qualidade, acesso e políticas nacionais. A análise evidencia ainda que o efeito da ECEC é moderado pelo nível de desenvolvimento humano: em países com HDI mais elevado, a ECEC tende a reduzir desigualdades socioeconómicas, enquanto em contextos menos desenvolvidos tende a ampliá-las, sobretudo quando a oferta é de qualidade desigual. Estes resultados sublinham que a discussão sobre o pré-escolar não é apenas pedagógica — é estrutural, económica e social, com implicações diretas para a equidade, a mobilidade social e o desempenho global dos sistemas educativos, incluindo o sistema educativo português

  Bio

  João Marôco, Ph.D. (Washington State University 1998), é professor catedrático da Universidade Lusófona e especialista em Estatística e Métodos de Investigação. Consultor do Banco Mundial e da Iniciativa Educação em estatísticas da educação, foi vogal do Conselho Diretivo do IAVE, I.P., onde liderou os estudos de avaliação educativa em larga escala (PISA, TIMSS, PIRLS, ICILS). Com mais de 54.000 citações (Google Académico H=85, i10=337), integra o top 2% mundial de cientistas mais citados (Stanford/Elsevier). Autor de quatro livros e mais de 500 publicações com revisão por pares, ministra palestras globais e colabora com a imprensa portuguesa, sendo uma voz proeminente na avaliação psicométrica e educacional.

Acreditado como ação de curta duração (5 horas), nos termos do Despacho n.º 5741/2015, de 29 de maio